quinta-feira, 28 de junho de 2012

Energia no MAM


ENERGIA NUCLEAR NA CINEMATECA DO MAM

De 28 de junho a 14 de julho acontece na Cinemateca do MAM a segunda edição
do Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear. Os organizadores do
evento destacam que a proposta da mostra é promover um amplo debate sobre o
tema.

Serão exibidos 48 filmes, inclusive produções motivadas pelo próprio evento, como é o caso do curta Era uma vez na cidade atômica, rodado em Pocinhos, na Paraíba. O melhor curta, o melhor longa e a melhor animação receberão o Oscar Amarelo, prêmio máximo do festival, na cerimônia de encerramento.

A iniciativa é da Ong Arquivo Amarelo, dirigida por Norbert G. Suchanek e Márcia Gomes. – Buscamos o diálogo, um debate aberto e a oportunidade de ter o máximo possível de informação disponível sobre a energia nuclear, que é uma realidade domundo. Nosso objetivo é informar e discutir – afirma Márcia, diretora executiva da mostra.  – É importante saber que, ainda que todas as usinas nucleares fossem fechadas hoje, seriam necessários técnicos qualificados e conhecimento sobre os riscos dos resíduos radioativos durante alguns milhares de anos – explica.

Na abertura oficial, dia 29, um curta experimental do diretor Peter Greenaway –Bombas atômicas no Planeta Terra (Países Baixos/Reino Unido, 2011) – mostra, em 12 minutos, todas as 2201 explosões atômicas feitas pelas cinco potências nucleares mundiais entre 1945 e 1989, com data e nome dos responsáveis.

Em seguida vem o longa Abrigo nuclear, ficção científica do brasileiro Roberto Pires, morto em 2001 em consequência de um câncer, possivelmente por contaminação durante a produção de Césio 137 – O pesadelo de Goiânia (filme que realizou sobre o primeiro acidente nuclear ocorrido no Brasil).


De quebra, o público poderá curtir a exposição fotográfica Atrás da Cortina Atômica (Behind the Atom Curtain), com fotografias realizadas pelo Grupo Internacional de Fotógrafos Atômicos (The Atomic Photographers Guild). Está confirmada a presença do fundador da instituição, o fotógrafo americano Robert Del Tredici. A exposição acontece no hall da Cinemateca do MAM durante todo operíodo do festival.

Os debates com diretores são uma atração à parte. Dentre as presenças confirmadas está a de Katherine Aigner, diretora do filme Confissões atômicas (Australian Atomic Confessions, Austrália/2005), que conta a história da explosão de 12 bombas atômicas no território australiano pela Grã-Bretanha. Aigner trabalhou durante 15 anos com os sábios indígenas da Austrália e foi curadora assistente do Museu Nacional da Austrália, além de ter trabalhado em Berlim e Roma. O debate com o público acontece dia 30/6, sábado, após a exibição do filme.

No dia 6 de julho, os diretores italianos Maurizio Torrealta, autor de A terceira bomba nuclear (Itália, 2008) e Flaviano Masella, de Quirra é uma lixeira radioativa (Itália, 2011), debatem seus filmes com o público após a sessão. Os documentários tratam, respectivamente, da investigação da “terceira bomba nuclear” e de casos de câncer entre pastores de ovelhas em Quirra, na Sardenha, área de treinamento da OTAN. No dia 7 é a vez do americano Nathan Meltz, diretor da animação Depois do dia seguinte (EUA, 2011), participar do debate com o público. O curta é alusivo ao célebre filme O dia seguinte, sobre o dia que se segue à guerra atômica.

Realização: Ong Arquivo Amarelo
Direção geral: Norbert Suchanek
Direção executiva: Márcia Gomes de Oliveira

2º Festival Internacional de Filmes sobre Energia Nuclear (Uranium Film Festival)
De 28 de junho a 14 de julho, na Cinemateca do MAM
Avenida Infante Dom Henrique, 85 – Rio de Janeiro
Ver a programação no site www.uraniofestival.org
Ingressos: R$ 5 (inteira) e R$ 2 (meia entrada)
Entrada gratuita para quem apresentar o canhoto do ingresso para as exposições
do MAM

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